sábado, 12 de março de 2011

Historiadores brasileiros descobrem e analisam imagens do filho da Redentora no YOUTUBE

 

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Historiadores brasileiros descobrem e analisam imagens do filho da Redentora no YOUTUBE

 

12.03.2011
Jornalista Thyago Mathias
Rio de Janeiro

 

O historiador Bruno de Cerqueira, gestor do Instituto D. Isabel I, descobriu no Youtube imagens do filho de D. Isabel (1846-1921) — que foi imperatriz do Brasil no exílio (1891-1921) — entre os convidados para o casamento do Arquiduque Karl da Áustria (1887-1922) com a Princesa D. Zita de Parma (1892-1989), em 21 de outubro de 1911, na pequenina Schwarzau-am-Steinfeld, Baixa Áustria.

O Príncipe Imperial D. Luiz do Brasil (1878-1920) aparece em meio a diversos outros membros da realeza europeia, homenageando o casal de noivos que herdaria o trono do longevo imperador austríaco Franz Joseph I (1830-1916). A mulher de D. Luiz, D. Maria Pia (1878-1973), nascida princesa das Duas Sicílias, também aparece no vídeo, que pode ser acessado neste endereço: http://www.youtube.com/watch?v=whDQfFyoGEE

A descoberta é significativa sob diversos pontos de vista, principalmente porque o Brasil parece desprezar sua memória histórica e o pequeno vídeo indica a importância que tinha a Família Imperial Brasileira para as dinastias multicentenárias que governavam os europeus no período anterior à Primeira Guerra Mundial.

Para Teresa Malatian, professora titular de História da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e autora da biografia “D. Luiz de Orleans e Bragança, peregrino de impérios”, publicada pela Editora Alameda em 2010, o vídeo se torna ainda mais emblemático se pensarmos que o noivo e a noiva tem sido bastante celebrados entre os católicos, desde que o Papa João Paulo II beatificou o último monarca austro-húngaro-tcheco em 2004, tornando-o “Bem-Aventurado Carlos, modelo de homem público e estadista cristão”. Mais recentemente, Zita foi declarada “Serva de Deus” pelo Vaticano.

O Instituto D. Isabel I tem um projeto cultural visionário sobre a história do Brasil do período joanino e dos demais períodos monárquicos que não foi contemplado pelas empresas governamentais e os bancos públicos e privados aos quais foi apresentado, o que prejudica em muito a possibilidade de descobertas como essa. Vale a pena conferir: www.cortebr.com.br.

 

Análise filmográfica

 

Bruno de Cerqueira, especialista em genealogia dinástica e monarcologia, explica os detalhes:

“O vídeo começa mostrando os tradicionais desfiles escolares que costumavam preceder os casamentos principescos na Europa.

“No minuto 0:30 aparece o Arquiduque Karl junto ao seu futuro cunhado, D. Elia (1880-1959), Duque de Parma em sucessão ao falecido pai, que havia sido o último monarca parmesão, D. Roberto I (1848-1907), deposto na Unificação Italiana (década de 1860). D. Roberto I gerou 12 filhos de seu casamento com a Princesa D. Maria Pia das Duas Sicílias (1849-1882) e 12 filhos do segundo casamento, com a Infanta D. Maria Antonia de Portugal (1862-1959), filha de D. Miguel I, irmão de nosso D. Pedro I.

“Entre os cunhados de Karl estão também os Príncipes D. Sisto (1886-1934) e D. Francesco Saverio (1889-1977), que serão os principais atores do famoso ‘Affair Sixtus´, um sinuoso processo da Primeira Grande Guerra onde a Áustria tentou secretamente fazer a paz com a França, mas o Primeiro-Ministro Clemenceau (1841-1929) reagiu negativamente.

“Aos 35 segundos aparece um grupo de princesas de Bourbon, chefiado pela Duquesa-Mãe de Parma, D. Maria Antonia. Ao lado dela está sua prima D. Maria Pia do Brasil, nora-sobrinha da Redentora, com vestido escuro e coroa. O traje talvez remetesse a um luto familiar, que não foi possível averiguar.

“A união de Karl von Habsburg-Lothringen e Zita di Borbone-Parma é uma clara demonstração da secular endogamia bourbônico-habsbúrgico-bragantina: quase todos os presentes ao casamento são parentes diversas vezes.

“57s: o pretendente carlista ao trono espanhol, D. Jaime (1870-1931), Duque de Madrid, aparece junto a D. Luiz do Brasil, que está fardado como hussardo do Exército Imperial e Real austro-húngaro, e outros príncipes. Inicialmente, considerei que o último da fila, com quem a 1min27s, novamente aparecerá o Príncipe D. Jaime conversando, fosse ninguém menos que o filho caçula da Redentora, D. Antonio, fardado como tenente. Mas Teresa Malatian me lembrou que ele era hussardo e não ulano, como o jovem príncipe do vídeo.

“1min50s: os meninos Borbone-Parma recebem e reverenciam o tio, Arquiduque Franz Ferdinand (1863-1914), cujo triste fim em 28 de junho de 1914 fez eclodir a I Guerra Mundial.

“1min59s: os primos dos noivos confraternizam e fumam — bastante Belle Époque...

“2min10s: o marido da célebre Sissi — imortalizada nas telas por Romy Schneider —, junto de sua sobrinha, Maria Josepha da Áustria (1867-1944), nascida princesa da Saxônia e neta de D. Maria II de Portugal (1819-1853).

“2min20s: Franz Ferdinand, em gesto de extremada gentileza, segura o buquê de flores que seu idoso tio-imperador recebera.

“2min35s: os recém-casados, muito felizes, junto aos seus familiares. Lá atrás, já sem chapéu, nosso D. Luiz aparece, estando atrás dele sua consorte, D. Maria Pia, visível em 2min45s.

“2min51s: as princesas e arquiduquesas junto ao imperador. D. Luiz aparece novamente, ao fundo.

“3min23s: Franz Joseph I começa a se despedir de todos. Seu sobrinho-neto e futuro sucessor, Karl, faz a reverência protocolar. À esquerda está o Arquiduque Franz Ferdinand, observando. Lembremos que o casamento de Karl e Zita representava para ele algum mal-estar, em vista de seu consórcio, em 1900, ter sido morganático. Ele se unira à Condessa Sophie (Zofie) Choteck von Chotkow und Wognin (1868-1914), uma nobre tcheca de excelente linhagem, mas muito distante da alta realeza. A descendência de Franz Ferdinand e Sophie constitui a casa ducal-principesca de Hohenberg, ramo primogênito dos Habsburg-Lothringen que não é nem dinasta e nem arquiducal. O casal foi assassinado pelos terroristas do grupo nacionalista sérvio ‘Mãos Negras’ em Sarajevo, capital da Província da Bósnia-Herzegovina. O atentado foi o estopim da I Guerra Mundial.”

 

Instituto Cultural D. Isabel I a Redentora

Página oficial: www.idisabel.org.br

Programa de Relações Públicas e Internacionais, Cerimonial e Protocolo do IDII: www.protokollon.com.br

Blog: http://idisabel.blogspot.com

Informativo SONIA RABELLO (11.03.2011)

Encaminhando aos amigos e sócios o informativo de nossa Sócia Honorária Vereadora Sonia Rabello.

 

Atentem para a notícia sobre o Cais da Imperatriz (D. Thereza Christina Maria), legado histórico descoberto nas obras da Zona Portuária do Rio de Janeiro que foi difundido em primeira mão da Tribuna do Plenário da Câmara Municipal por Sonia Rabello, antiga advogada-chefe do IPHAN.

 

Abraços gerais.

 

Bruno de Cerqueira

Gestor

www.idisabel.org.br

 

 

 

 

Sombra

 

 

 

Rio de Janeiro, 11 de março de 2011.

 

Limitação do piso salarial dos porteiros: inchaço ou não do seu condomínio ? 

post de 11.03.2011

Após 1 ano e 2 meses, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou parcialmente procedente a Ação Direta de Constitucionalidade ajuizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços e Turismo para suprimir a expressão “que o fixe a maior” disposta no art 1º. da Lei Estadual-RJ 56227, e que trata do aumento dos pisos salariais de diversas categorias, em especial a classe de empregados de edifícios do Município do Rio de Janeiro. Entenda a controvérsia. (Leia mais)  

Planos de Saúde podem limitar cirurgias com próteses ? 

post de 10.03.2011

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) entende que não. O caso trata de um indivíduo que necessitava de cirurgia ortopédica para sua cura. Porém, esta dependeria também da colocação de prótese, sem a qual a cirurgia seria ineficaz. O plano de saúde previa no contrato somente a cirurgia, e estaria a exigir que o segurado pagasse a prótese. Sem recursos, o sujeito esperava pela cirurgia há dez anos ! (Leia mais)  

Luiz Fux no STF

post de 03.03.2011

Um testemunho pessoal

Um Ministro de respeito, posso afirmar, já que o conheço dos bancos da escola de Direito da UERJ. Luiz Fux seguiu a trilha da disciplina, mas partilhando com todos os colegas de turma sua amizade e cordialidade. Caminhamos juntos ao longo de mais de três décadas, desde os bancos da Faculdade, no Magistério, nos exames de livre-docência, de doutorado, e de titularidade. O cargo e a missão pública que lhe foi atribuída são justos e merecidos. (Leia na íntegra)

Arqueologia no Rio: o Cais da Imperatriz nos ensina

post de 02.03.2011

http://www.soniarabello.com.br/galeria/imagens/Cais4.jpgTendo o Rio um passado colonial e imperial tão marcante seria tão inusitado supor que sob a cidade moderna  existe enterrada a cidade antiga? Claro que não. A arqueologia histórica luta para que a cidade moderna não se imponha pela antropofagia sobre a cidade de nossos pais, avós, bisavós, engolindo, sem mastigar, a nossa origem. No Rio existem leis aparentemente desconhecidas que visam garantir que isso não aconteça.  (Leia mais

 

 

Precioso legado cultural aflora no Porto do Rio

post de 01.03.2011

As obras na Zona Portuária do Rio já deixam para a população fluminense um legado cultural único encontrado na Avenida Barão de Tefé, onde começou a construção de uma super galeria de drenagem. No local "surgiu" de dentro da terra testemunhos surpreendentes da história da Cidade, da história do Brasil: o chamado “Cais da Imperatriz”. O precioso achado histórico arqueológico mostra bem o quanto foi enterrado neste processo de “fazer terras”. Qual o futuro da obra, já que a conservação do Cais se impõe?   (Leia mais)  

No Carnaval, a rua é do povo

post de 28.02.2011

Nesta época, as ruas são tomadas pelos blocos; e pelo Carnaval mais legítimo – o de rua, e que  acontece especialmente nos espaços públicos mais agradáveis: no Centro, em Santa Tereza, nos subúrbios, na orla marítima, entre outros. Carnaval de rua tem a ver com ruas com identidade e dimensões humanas, onde as pessoas não se sintam sufocadas ou oprimidas pelos frios espigões de cimento; ruas em diálogo com seus habitantes. (Leia na íntegra)
   

Veja também:   

A seleção de Jurisprudência publicada nos informativos (nºs 460,461,462 e 463) do Superior Tribunal de Justiça

"De Olho no Rio"

https://lh5.googleusercontent.com/_RVWUlF4T90A/TW_Ve46ebCI/AAAAAAAAB6U/KkW_2Eep8nQ/s640/P3030088.JPG https://lh3.googleusercontent.com/_RVWUlF4T90A/TW_VW3RECAI/AAAAAAAAB6U/Jr8XUFC_dqI/s640/P3030085.JPGhttps://lh6.googleusercontent.com/_RVWUlF4T90A/TW_Vj-aHRyI/AAAAAAAAB6U/1dV4BKlrboQ/s640/P3030090.JPG

Calçadas invadidas - Com a falta de fiscalização nas imediações da Rua Santa Luzia, no Centro do Rio, pedestres perderam o direito de transitar pelas calçadas da região. Determinados trechos tornaram-se completamente inviáveis, principalmente para a passagem de cadeirantes.  Enquanto falta atenção das autoridades competentes, sobram "guardadores".  Tudo isso muito  próximo a diversos órgãos públicos. Confira na seção "De Olho no Rio", em nosso site.  

Novidades na seção Galeria de Fotos:

 http://www.soniarabello.com.br/galeria/imagens/Cais21.jpghttp://www.soniarabello.com.br/galeria/imagens/Cais6.jpghttp://www.soniarabello.com.br/galeria/imagens/Cais21.jpg

Cais da Imperatriz - Registros do patrimônio histórico descoberto na Zona Portuária do Rio.

Confira na Galeria de Fotos do nosso site.    

Atuação parlamentar :

Em defesa do consumidor municipal

A Vereadora Sonia Rabello defendeu a criação de um Procon Municipal, na sessão em plenário do último dia 03 de março. Em seu discurso, lembrou que já existe tramitando na Câmara desde dezembro de 2010, um Projeto de Lei que versa exatamente sobre isso. "O interessante é que o Rio de Janeiro, com mais de seis milhões de habitantes, não tem, a nível municipal, um órgão de Defesa do Consumidor. Uma cidade com essa população, um assunto com essa repercussão na mídia, não dispõe de um órgão de defesa", destacou.  

Sonia Rabello questiona destinação do terreno do Canecão

No aniversário do Rio de Janeiro, dia 1º de Março, a Vereadora protocolou Indicação Parlamentar junto à Mesa Diretora da Câmara Municipal para que se cobre da UFRJ a implantação de serviços universitários, especialmente os hospitalares, no terreno onde antes estava instalado o Canecão. Notícias da imprensa sugerem que há ameaça ao descumprimento da lei em vigor que determina a destinação daquele espaço à "ampliação dos serviços hospitalares e instalações da UFRJ".  É de interesse público da Cidade, e dos cidadãos, que a determinação da lei seja atendida e cumprida após 40 anos de esforços judiciais para retomada do imóvel do Canecão pela universidade. 

Plano de salvaguarda para o Cais da Imperatriz

Durante pronunciamento na Câmara Municipal, a Vereadora Sonia Rabello defendeu a necessidade de empenho daquela Casa para que seja implementado e apresentado imediatamente pela Prefeitura o plano de salvaguarda do Cais da Imperatriz. "Não só pela Cidade do Rio de Janeiro, como também pelos órgãos federais de preservação que também financiam o projeto do Porto Maravilha”, afirmou.
  

Campanha contra Aids no Carnaval da Cidade

https://lh5.googleusercontent.com/_RVWUlF4T90A/TWxUcp7C13I/AAAAAAAAB0w/nhYkBjUwwdQ/Roberto_Sonia_Basilia.JPGSonia Rabello prestigiou juntamente com representantes do movimento social de luta contra a Aids e a Tuberculose o lançamento da campanha de incentivo ao uso de preservativo no Carnaval, promovida pelo Ministério da Saúde. O cuidado e a prevenção com as Doenças Sexualmente Transmissíveis são questões que preocupam a Vereadora, e deverão ser abordadas o ano inteiro, junto com outras questões ligadas a saúde pública em seu trabalho na Câmara dos Vereadores.

 

Associação de Taxistas do Rio

http://lh4.ggpht.com/_RVWUlF4T90A/TWuHqJ9I2AI/AAAAAAAABzc/29VrPJm9dLw/s288/fut-67%20021.jpgA situação dos taxistas que pagam diária foi o principal assunto da visita da Vereadora Sonia Rabello à Associação de Taxistas do Rio de Janeiro. Em conversa com o Presidente da Associação, João Batista, foi discutido o excesso de taxis circulando pela cidade, o que provoca caos no trânsito. A Associação reivindica q ue só o dono do taxi possa dirigir o carro, e que nos casos de motorista auxiliar, o profissional seja contratado com carteira assinada e nunca pagando diária. 

    

 

Um abraço,

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Convite - Expo RETRATOS DO IMPERIO E DO EXILIO - IMS RJ

 

Gostaríamos de convidá-los para a abertura da exposição RETRATOS DO IMPÉRIO E DO EXÍLIO – imagens da família imperial brasileira no acervo de Dom João de Orleans e Bragança, na próxima terça-feira, 22 de fevereiro, às 20h no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro, na Gávea.

 

O evento terá início com a mesa-redonda O Imperador D. Pedro II e a fotografia brasileira no século XIX. Participarão Pedro Afonso Vasquez, escritor, fotógrafo e autor de 23 livros, entre os quais, "Dom Pedro II e a fotografia no Brasil"; Joaquim Marçal, pesquisador, professor e autor de História da fotorreportagem no Brasil: A fotografia na imprensa do Rio de Janeiro de 1839 a 1900; Dom João de Orleans e Bragança, herdeiro e detentor do acervo em exposição e Sergio Burgi, coordenador da área de fotografia do IMS.

 

Seguem abaixo mais informações sobre a exposição e o debate, que começará pontualmente às 20h, no auditório do IMS. Os lugares são limitados e por ordem de chegada.

 

Contamos com sua presença

Fotografia IMS

 

 

 

 

 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Hildegard Angel - Rio ganha nova vereadora que cultua a Princesa Isabel (30.01.2011)

Rio ganha nova vereadora que cultua a Princesa Isabel

30

jan

15h05

A advogada Sonia Rabello assume quarta-feira o cargo de vereadora da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, substituindo Aspásia Camargo, eleita deputada estadual. Especializada em Direito Urbanístico, Sonia pretende ser mais uma na equipe do choque de ordem de Eduardo Paes, para combater a desordem urbana na cidade: A ocupação desordenada das calçadas, o caos no trânsito, a má conservação das praças, parques, jardins, prédios e monumentos históricos, assim como o descuido com rios e lagoas, além da ocupação desordenada das encostas. Serão as principais áreas de atuação da vereadora do PV...

Sonia Rabello foi procuradora geral do município, de 1992 a 1998, período em que foi responsável pela viabilização jurídica de programas como o Favela Bairro e Rio Cidade. Também viabilizou juridicamente a construção da Linha Amarela e a criação da Secretaria de Meio Ambiente. Além disso, foi diretora do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional...

Antes de assumir sua cadeira na Câmara Municipal, a futura vereadora recebeu o título de sócia honorária do Instituto Dona Isabel I, uma espécie de confraria de historiadores que cultuam a Princesa Isabel e alegam que a Proclamação da República foi um golpe de estado, estimulado pela aristocracia branca que entrou em pânico quando a princesa assinou a Lei Áurea...

A homenagem a Sonia Rabello, que este blog mostra aqui, foi no Ateliê Belmonte, o simpático centro cultural do arquiteto Luciano Cavalcanti, decorado com móveis de design antique, na área boêmia da Rua do Lavradio, coração do Rio antigo...

Foto de Waldir Leite...

Sonia Rabello, a nova vereadora do Rio, substituindo Aspasia

Os historiadores Bruno de Cerqueira, Laila Vils e Mary Del Priore

Sonia Rabello entre os historiadores neoabolicionistas Bruno de Cerqueira e Inoã Pierre Carvalho Urbinatti, na festa em que recebeu título no Ateliê Belmonte

 

 

Fonte: http://noticias.r7.com/blogs/hildegard-angel/2011/01/30/rio-ganha-nova-vereadora-que-cultua-a-princesa-isabel/

Artigo - Pedro II e os dias atuais, por Sonia Rabello (24.11.2011)

 

Pedro II e os dias atuais

"O sistema ainda não funciona a contento. Saber as causas é fundamental para sua solução. Mas seria esta uma causa basicamente cultural ?"



   

Política e Administração Pública

Na interessante biografia de D. Pedro II, escrita pelo grande historiador brasileiro José Murilo de Carvalho, encontramos considerações atualíssimas sobre política e administração pública feitas pelo Imperador, e relatadas pelo Professor José Murilo.

No capítulo relativo ao “Auto-Retrato”, uma das revelações feitas refere-se à Administração Pública. “Menor centralização administrativa também é urgente, assim como melhor divisão das rendas em geral, provincial e municipal, convindo vigorar este último elemento”. Com a conhecida crise nos exames universitários nacionais de avaliação feitos pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), seria interessante dar mais ouvidos aos “conselhos” do Imperador. Assim como aplicá-lo à infindável disputa entre Municípios e Estados pelas rendas tributárias, e pelos royalties do petróleo. Velha questão esta, a da centralização administrativa dos serviços públicos que não funcionam!

Aliás, o autor nos reporta que o Imperador se impacientava com a “morosidade da burocracia”: “Tudo o que não é rotina encontra mil tropeços entre nós”, dizia. Hoje, até a rotina (...).

Sobre os Ministros de Estado, e sobre a Magistratura disse: “A primeira necessidade da magistratura é a responsabilidade eficaz”(...). Aplicável às decisões tardias, ou aos processos infindos...(ver post do dia 21/01).

Acho muito prejudicial ao serviço da Nação a mudança repetida de ministros; o que sempre procuro evitar, e menos se daria se as eleições fossem feitas como desejo; a opinião se firmaria, e o procedimento dos ministros seria mais conforme a seus deveres, reputando eu um dos nossos grandes males a falta geral de responsabilidade efetiva” (...)!!!

E não é que ainda não conseguimos solucionar a questão da responsabilidade ? Nem a do Estado, nem a dos agentes públicos e dos políticos. O sistema ainda não funciona a contento. Saber as causas é fundamental para sua solução. Mas seria esta uma causa basicamente cultural?

Finalizo com um trecho que deveria ser exemplo para os políticos, (felizmente, para alguns o é, crendo na reportagem sobre o ex-ministro Patrus Ananias - link):

Que medo poderia ter? De que me tirassem o poder? Muitos melhores reis do que eu o têm perdido, e eu não lhe acho senão um peso duma cruz que carrego por dever. Tenho ambição de servir ao meu país, mas quem sabe não o serviria melhor noutra posição? Em todo caso, jamais deixarei de cumprir meus deveres de cidadão brasileiro

Nota: A biografia citada é da Coleção Perfis Brasileiros, Ed. Cia das Letras: D. Pedro II, por José Murilo de Carvalho.

 

Fonte: http://www.soniarabello.com.br/index.php?param=1&origem=empauta_materias.php&msg1=181

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

MIP - Diários de Dom Pedro II disputam título da UNESCO

O GLOBO

Memória do Mundo

Diários de Pedro II disputam título concedido pela Unesco

Publicada em 08/01/2011 às 18h40m
Marcelo Remígio

RIO - "Na vinda examinei aqui as oficinas centrais destas estradas de ferro. São muito importantes; porém não tão bonitas como as da estrada de ferro do Rio". A comparação foi feita por Dom Pedro II em 1876, nos Estados Unidos, e faz parte de um acervo de 50 mil documentos deixados pelo imperador com registros de suas três viagens pelos continentes. O material disputará o título de Memória do Mundo em 2012 - classificação concedida pela Unesco à documentação e que corresponde ao Patrimônio da Humanidade para bens materiais e imaterias.

Quatro pesquisadores do Museu Imperial de Petrópolis começaram um trabalho minucioso de revisão do material e a preparação de um dossiê para a Unesco. O trabalho deverá ser concluído em 11 meses.

Esta é a segunda vez que documentos brasileiros do período do Império disputam o título da Unesco. Em 2003, uma coleção com 21.742 fotos da imperatriz Teresa Cristina, mulher de Pedro II, foi considerada patrimônio mundial. O material, de posse da Biblioteca Nacional, retrata cenas do século XIX. Os arquivos da ditadura brasileira, que reúnem documentos do período de 1964 a 1985, também aguardam o título. Na América do Sul, já foram reconhecidos como patrimônio os arquivos das ditaduras da Argentina, Chile e Paraguai.

- As viagens do imperador demoravam em média de oito meses a um ano e meio. Em 1876, ele cruzou de trem os Estados Unidos duas vezes. Foi depois para o Canadá, Europa e Oriente Médio, sempre registrando as expedições. Um detalhe que chama a atenção é que Pedro II falava de igual para igual com pesquisadores e cientistas. Era possuidor de grande conhecimento, o que enriqueceu ainda mais o material - explica o diretor do Museu Imperial, Maurício Vicente Ferreira Júnior. 

sábado, 8 de janeiro de 2011

Quem precisa de Cerimonial e Protocolo?

Bruno de Cerqueira**


O Brasil assistiu nos últimos dias a inúmeras cerimônias e solenidades nas quais se deu posse aos novos Governadores de Estado e à nova Presidenta da República Federativa.

Desde as diplomações, ocorridas em dezembro de 2010, o povo era informado pela televisão e demais mídias que os futuros chefes do Poder Executivo na federação e nos estados seriam solenemente empossados em 1o de janeiro de 2010.

Nessas situações, os brasileiros, que costumam ser descritos recorrentemente por informais, calorosos e não afeitos à ritualística e ao rigor protocolares — será que de fato são (?) —, notam a necessidade da “liturgia civil”, a premência do simbolismo de Estado, a magia que o Poder exerce sobre todos.

O problema é que o Cerimonial e o Protocolo não existem, não estão lá, somente quando há uma cerimônia, uma festividade, em que poucos, alguns ou milhares afluem. Eles sempre estão lá. Onde houver poder, comando, governo (KRATOS), haverá necessariamente aqueles que cuidam, orientam, assessoram, amparam, secundam, os que podem, comandam e governam.

Na bela sociedade sonhada pelos anarquistas, o autogoverno, a autarquização do humano, é evidente que os profissionais de C & P não teriam função social. Numa tal sociedade todos nós governaríamos em conjunto e a coletividade prescindiria das representações. O Estado não seria suprimido, mas ele não teria Chefe. A igualdade entre todos os cidadãos seria dada justamente pela ação política da qual todos seriam dotados, mas ela não estancaria a diversidade humana.

O anarquismo nada tem a ver com o comunismo de Marx, onde o Estado cessaria de existir no fim do socialismo, uma vez que o filósofo o considerava espaço privilegiado da atuação dos burgueses (classe dirigente da política). Após a ditadura do proletariado, adviria a sociedade sem Estado e sem classes, onde todos, absolutamente todos seriam iguais ou, melhor dizendo, todos seriam comuns – daí que a palavra comunismo possa ter também essa apreciação, e não somente a da ideia de uma partilha plena dos bens da terra.

A neo-humanidade sobre a qual Marx discorreu não existe e jamais existirá, ao menos de um ponto de vista da política tal como a conhecemos. Isso não significa que seu pensamento deva ser odiado ou menosprezado, apenas que deva ser estudado. Também é grande o erro em enxergar semelhança ou proximidade entre o comunismo marxiano e o comunitarismo cristão — explicitado nos Evangelhos, tanto quanto em A UTOPIA, de São Tomás Morus, e outros livros de grandes humanistas cristãos —, como tentaram fazer, sem sucesso, pensadores católicos ou protestantes filo-socialistas no século XX.

O “novo homem” do Homem-Deus (Jesus de Nazaré), o cristão pleno, o santo, está longe de ser um “comum”. A profecia paulina, em Colossenses 3,11 (CRISTO TUDO EM TODOS) é o caminho a ser seguido na peregrinação terrestre, mas não a própria peregrinação, que é cheia de percalços, como sabemos. A santidade é a meta, mas não a realidade – pelo menos não a realidade integral. Teologicamente, a santidade objetiva faz de cada cristão um “profeta, sacerdote e rei”, mas a santidade subjetiva só é alcançável durante uma vida de virtudes. A proclamação universal da venerabilidade de um “santo” — rememorado nos altares do mundo inteiro — dá-se muitos anos depois de sua morte, após longo processo canônico, e essa santificação resulta justamente em mais uma diferenciação, um grau superior na proximidade ao HIEROS supremo, O Altíssimo.

De maneira que voltando às linhas que iniciei acima, creio que possamos dizer com alguma certeza que onde haja rito haverá cerimonial e onde haja hierarquia haverá protocolo. E a vida humana, individual e coletivamente, é prenhe de ritos e de hierarquias.

Como estudioso de ritualística e de hierarquia desde muito jovem, me debrucei sobre a monarcologia, a eclesiologia, a genealogia dinástica, a antropologia da Política, a sociologia e a psicologia das Religiões etc. De tudo que li – e não foi tanta coisa assim – pude perceber que ao Cerimonial e ao Protocolo, enquanto matéria ou disciplina da formação do jovem graduando em Relações Públicas, Relações Internacionais, Comunicação Social, Turismologia ou Hotelaria, não se dá a importância devida. Somente na primeira faculdade citada (RP), existe, em geral, uma cadeira que costumam denominar “Organização de Eventos, Cerimonial e Protocolo”.

Ocorre, contudo, que parece não haver uma Teoria de Cerimonial e Protocolo academicamente estabelecida e este acaba sendo o motivo principal para evitar seu estudo nas universidades. Por outro lado, os que trabalham com C & P não costumam problematizar e sistematizar suas atividades e os conceitos que as orientam, permitindo lacunas e mal-entendidos na visão social que se tem a seu respeito. Os que apreciam a denominação de “cerimonialistas” se reúnem em associações de classe e entidades acadêmicas voltadas ao estudo de C & P, o que é extremamente louvável. O CNCP — Comitê Nacional do Cerimonial Público (www.cncp.org.br) — entabula, inclusive, o reconhecimento da profissão de cerimonialista na Câmara dos Deputados. Há de se ter, todavia, uma visão bastante crítica sobre o chamado “cerimonialista” que nada conheça ou compreenda de Protocolo, por exemplo, sendo um mero organizador de casamentos e festas de crianças.

De maneira que C & P ficam restritos à área de atuação dos diplomatas e dos profissionais (internacionalistas, turismólogos, comunicólogos, historiadores e outros) que trabalham com eventos, cerimônias e solenidades nos governos nacionais, regionais e locais.

Mas afinal, quem precisa de Cerimonial e Protocolo?

Todos!

Se o senso-comum tende a imaginar C & P como “etiqueta”, “pompa e circunstância” e até, jocosamente, como “afrescalhamento˜, não há sinonímia. A etiqueta, aqui entendida como “pequena Ética” ou “Ética dos detalhes”, permeia o Protocolo, sedimenta-o, mas não se funde com ele. A pompa-e-circunstância, expressão que alude às marchas militares (Opus 39) compostas por Sir Edward Elgar (1857-1934), pode ser vista como o brilho do Protocolo, como seu relume, mas não o encarna, apenas lhe adjaz. Por fim, o eventual afrescalhamento ou a afetação dos que trabalham com C & P não podem ser vistos como apanágios seus e estão longe de constituir conditio sine qua nom da função. Uma atividade onde a tensão é constante, mas a serenidade é fundamental, a temperança, indispensável.

O Cerimonial é a arte/ciência/conhecimento que elabora o curso dos rituais, dos eventos, das solenidades; já o Protocolo é a arte/ciência/conhecimento que comunica esses eventos, é o código civilizacional por meio do qual o humano perscruta os ritos imemoriais, as tradições ancestrais e, mormente, a expressão da hierarquia — “governo do sagrado”, como sempre ressalto — através das normas de precedência, dos títulos, dos tratamentos.

 A resposta à pergunta do texto é, portanto, todos os que:

1.      Comunicam-se;
2.      Trabalham;
3.      Congraçam.

Excetuando-se os bebês, que somente são envolvidos com Cerimonial no momento do batizado, ou algum outro ritual religioso iniciatório, todos os seres humanos necessitam conhecer, minimamente que seja, procedimentos cerimoniais e protocolares. No fenômeno da escolarização, a criança participa de formaturas, festas, torneios esportivos, missas ou serviços religiosos solenes etc. Chegando à faculdade, o jovem se depara com aulas inaugurais, posses, apresentação de simpósios, seminários, colóquios, palestras, um sem-número de eventos universitários. Isso sem falar nos eventos informais, que são óbvios ritos de passagem: os trotes, as chopadas, os churrascos. Para quem os ORGANIZA, fica claro que a preocupação com o pré, o durante e o pós-evento impõe um planejamento e uma infra-estrutura sem os quais existe a possibilidade de nada ocorrer.

Se a profissão dos chefes, assessores e agentes de C & P é auxiliar os governantes estatais, eclesiais, empresariais, sua função social é também digna de nota: admoestar seus amigos, parentes e conhecidos da importância da preparação e programação — do layout, diriam os anglófonos — dos eventos familiares, estudantis, corporativos etc.

Estive falando brevemente dos assuntos ora abordados com o caro Jornalista Aristóteles Drummond, em seu programa “O Brasil é isso”, da Rede Vida de Televisão (Outubro/2010). Em dado momento, ele me perguntou se eu achava que os governantes brasileiros cada vez mais davam importância ao Cerimonial e ao Protocolo, sobretudo porque nosso País sediará megaeventos esportivos e culturais na década de 2010. Não pude responder pormenorizadamente, até pela exigüidade do tempo. Mas não creio nisso, infelizmente. Aristóteles Drummond chegou a comentar que sabia de governadores que estavam nomeando embaixadores brasileiros aposentados como chefes de Cerimonial dos Executivos Estaduais. Creio que seja a exceção da regra. Para azar do Brasil, deve-se dizer.

Pois o desempenho e os encargos de um chefe de C & P, bem como de seus assessores e agentes, são extremamente diplomáticos, e envolvem conhecimentos de Relações Públicas, Relações Internacionais e Ciências Sociais de grande monta. Creio não ser nem de longe necessário comentar o que penso sobre não haver concurso para os departamentos de C & P que existem nos Três Poderes, nas três instâncias (federal, estadual, municipal). Alocar nesses órgãos, por indicação política, pessoas alheias a sua complexidade ou inaptas as suas funções é não apenas comprometer a estrutura organizacional, como também propiciar a visitantes ilustres (estrangeiros ou nacionais) alguns “maus bocados”...

Quando assisti à Chefia para Assuntos de Cerimonial da Presidência da ALERJ, entre 2004 e 2008, presenciei de tudo um pouco. Alguns deputados que sofrem de insuficiência cognitiva e falta de instrução educacional, chefes de gabinete grotescos e ávidos de poder, assessores parlamentares néscios e toscos — muitos dos quais me inspiravam mais compaixão do que raiva —, servidores de carreira tipicamente mal-acostumados com as benesses administrativas, enfim um “vale de lágrimas” no quesito excelência qualitativa. A exceção à regra era, geralmente, constituída dos diretores departamentais, pessoas amplamente assoberbadas pela incapacidade de seus subordinados.

Certa feita, um funcionário da Assembléia parece ter provocado nossa antiga chefe, Profª. Vera Jardim, dizendo que o Parlamento Fluminense deveria ter uma “diretoria de Eventos”, numa demonstração clara e inequívoca da ignorância e do senso-comum sobre os afazeres dos chefes, assessores e agentes de C & P. Aproveito a ocasião para render minhas homenagens à querida Vera, uma apaixonante workaholic!

A crítica acérrima ora proferida não visa atacar as instituições democráticas brasileiras e a ascensão eleitoral de nossos governantes. Muito pelo contrário! Ademais, não se dirige somente a eles...

Vejo falta de respeito, de apego, mas, sobretudo, de conhecimento, no que tange à Etiqueta, ao Cerimonial e ao Protocolo em diversos setores de nossa sociedade: nas religiões institucionalizadas, nas agremiações culturais e desportivas, nas escolas públicas e privadas, nas universidades, nas ONGs e até nos condomínios!

É necessária uma valorização do humano e uma ecovisão onde a polidez, a lhaneza e a cortesia constituam um imperativo categórico, no dizer kantiano. Para tanto, urge que os comandantes, os dirigentes, os governantes concentrem seus esforços e atenções na Educação. Fiquei realmente emocionado quando ouvi nossa Presidenta Dilma Rousseff declarar no Discurso da Mesa Diretora do Congresso Nacional, em sua belíssima Cerimônia de Investidura, que “só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da Educação!”

Destarte, concluo rogando aos nossos arcontes e hierarcas que tomem consciência da precisão e da imperatividade do Cerimonial e do Protocolo, não permitindo que incumbências tão elevadas sejam minimizadas na Administração Pública, direta ou indireta. E que haja investimentos na devida formação e capacitação dos que são chamados a trabalhar na área.


* Artigo enviado aos associados e amigos do Instituto D. Isabel I em janeiro de 2011.
As opiniões expressadas são as do Autor, não evidenciando o pensamento dos demais membros do IDII.

** Bruno da Silva Antunes de Cerqueira (31) é graduado em História pela PUC-Rio, pós-graduado em Relações Internacionais pela  UCAM e bacharelando em Direito pela PUC-Rio.

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